sábado, 30 de setembro de 2006

APRESENTADORA BATE BOCA COM REPÓRTER

Ao vivo, em uma cobertura atrapalhada sobre o acidente aéreo da Gol, Maria Cândida, da Record, se irritou após ter seu nome trocado por colega

Depois de quatro horas desaparecido, foi confirmado o acidente com o Boeing 737-800 da Gol, que saiu de Manaus com destino ao Rio de Janeiro. De olho na tragédia, Band e Record foram as únicas emissoras a fazer plantão ao vivo, ininterruptamente, sobre o caso. Com apelo de audiência, mas com poucas informações oficiais, até então, repórteres se escabelavam para repetir os mesmos dados.

Enquanto Ricardo Boechat, da Band, se prontificou em frete a um chroma key com entradas de repórteres por telefone, a apresentadora, modelo e quase atriz Maria Cândida, da Record, cuspia seu amadorismo no canal de Edir Macedo. Com imagens da suposta região do acidente, retiradas do arquivo do Repórter Record, a apresentadora mediava informações de uma correspondente em Brasília com o link ao vivo no aeroporto de Congonhas, em SP.

Em vez de facilitar, Maria só atrapalhou. Nervosa e numa crise de gagueira, indagou colegas com questões que nem a Infraero até então sabia. O acidente acabara de ser divulgado, sem local correto de queda, tampouco número de passageiros. Logo, os repórteres estavam sambando na Sapucaí. A apresentadora queria saber detalhes impossíveis de conseguir naquela ocasião, como, por exemplo, o local exato da queda e, pasme, número de sobreviventes!

As questões deixaram os repórteres mais nervosos, obrigados a repetir, por mais de três vezes, que tais informações ainda não haviam sido confirmadas oficialmente. Para maquiar seu despreparo, Cândida insistiu no famoso “você tem informações adicionais?”. Ambos os repórteres negaram e repetiram os fatos. O jornalista do link de SP, muito nervoso e visivelmente constrangido pelas questões da colega maquiada e bem penteada no estúdio, chegou a chamá-la, ao vivo, de Maria Fernanda Cândido.

[ respirando fundo] “É Maria Cândida e essa informação que você acabou de passar [que o avião teria caído no Pará] não procede [segundo a produção]. Ele deve ter caído no Mato Grosso”, corrigiu. PORRA! O cara está suado, em frente à câmera, sem chances de checar mais e ela ainda desmente o colega?! Super profissional!

Querida, o seu “deve”, tanto vale para o Pará, Mato Grosso ou a Floresta do Sussurro, da She-Ra. “Deve” ou “poderia” só viram notícia no Brasil! Adicionalmente, ainda exige do repórter nervoso a pronúncia correta de seu nome premiadíssimo. De fato, isso era o que mais importava naquele momento. Candinha, vai entrevistar o KLB, vai.