quinta-feira, 11 de maio de 2006

SER MÃE É TER OTIMISMO INTENSO

GAROTINHA É OBRIGADA A SE FANTASIAR DE TROCO DE CARLA PEREZ E MISS SULA MIRANDA PARA SATISFAZER DESEJOS MATERNOS OBSCUROS

Ser mãe, em seu âmago, é batizar a filha de Nikolly Mark de Freitas Gomes. Ser mãe é insistir para uma criança de seis anos que ela é “cantora, bailarina e modelo”. Ser mãe é matricular a futura superstar em aulas de ballet clássico e jazz. Um investimento. Ser mãe é sustentar um profile da jabutizinha* no Orkut e inscrevê-la em todas as comunidades que elegem “a criança mais talentosa” assim como a “miss mirim” e “o bebê (!) mais fofo”.

Ser Nikolly é tirar o segundo lugar na competição “garotinha verão” trajada de troco de Carla Perez. Ser Nikhollllyh é arrebatar “multidões” vestida de Sula Miranda (ou Betty Guzzo) em qualquer vaquejada do interior (abaixo). Ser Nhiiikholyyy é estar sob a maldição de “você tem condição, minha filha”. Ser Nikolllsygakbashkbacvbksadl é a promessa de passaporte para auditórios televisivos, com lugar privilegiado nos bastidores, ostentando um adesivo numérico no alto da teta.


Ser mãe de Nikolykyhaybsjsdhsj é esperar por uma adolescente frustrada que não sabe ouvir "não". Ser mãe de Nikkkollyyhkwyykwh é estar na luta, porque com tantas qualidades, é impossível que um dia ela vá virar ...

* não me diga que o feminino de jabuti é jabota, por favor. É “Os Gongados”, pô.