terça-feira, 21 de junho de 2005

NASCE UM CLÁSSICO

1967 - A cúpula a Rede de TV americana ABC está desesperada atrás de um novo programa. Os produtores têm um prazo de 24 horas para definir o nome e o perfil da nova atração infanto-juvenil. Os profissionais se reúnem a portas fechadas para criar a sinopse.

- Beth é uma freira que luta pela igualdade social no mundo e...
- Não, ninguém vai se interessar por uma freira comum.
- E se ela fosse corinthiana e alcoólatra?
- C’amon, man! É um programa para crianças.

- Ela deveria ser um super-herói e a roupa deveria ser um escândalo.
- Isso mesmo. Ela deveria ser portadora do "raio chicote"...
- Caraca, véio! Sensacional! Tô preto sem preconceito. É por aí...

- A freira defenderia a honra da comunidade com um raio de diarréia. O nome é "chicote" porque sairia um jato de merda ao som de "chitáaaaaa"
- E a roupa dela poderia ter uma abertura especial no rabo.
- Maluuuuco, tu é foda! Mas os trajes não podem ser branco e preto. Vamos vesti-la de bege. Lembra mais o cocô e tal...

- Mas acho que está faltando algo... não gosto do nome. E se ela chamasse Elsie Enthrington?
- Tudo bem. Ah, a gente inclui uns quadros musicais e um jegue que fala. Vamos batizar o animal de Ox Bismarqui, do Condado de Ângela.
- Sucesso, nós somos demais! Mas Elsie Enthrington não nasceu no convento, assim como sua melhor amiga, a irmã Jaqueline.

- Cara, isso é fácil. Ela foi uma surfista californiana e abandonou tudo para virar lésbica e adoradora do sangue de Maria Madalena.
- Uma freira lésbica. Acho inovador.
- Tha’ts right, doode. E se ela voasse?


- Se você xingar, amiguinho, papai do céu vai enfiar um abacaxi no seu cu

E assin nasceu Flying Nun.