segunda-feira, 20 de junho de 2005

CAMPOS EM CHAMAS

Cleiton Ferreira, 25, repórter de economia, é convidado para passar o final de semana em Campos do Jordão (167 km de São Paulo). O jabá, que incluía hotel cinco estrelas e feijoada com artistas, foi patrocinado por uma empresa de telefonia móvel.

Ao chegar no hotel, no alto da serra, Ferreira é sorteado: seu quarto, entre os demais jornalistas convidados, é o único com lareira. O repórter faz carão. Não sabia acender aquela porra mesmo... Depois de alguns drinks, fundue e milhões de outros apetrechos alcoólicos, Ferreira muda de idéia. Vai por fogo na lareira. Espíritos malignos que estavam ali naquele momento deram um sorrisinho irônico.

O repórter rala para acender a lenha. Por volta das 3h da matina, ele deixa a lareira em chamas. A fumaça, proveniente de uma sacola de supermercado, transformou o quarto numa pista de dança. Ferreira não está feliz. Está desesperado. Ao abrir as janelas da suite, a fumaça ganha a rua. Que vergonha seria se o Corpo de Bombeiros fosse acionado! Nunca mais ele seria convidado para eventos do tipo. Tampouco teria outra oportunidade de constranger um repórter da Errei de TV! ao lembrá-lo que ele era animador de auditório nos intervalos das gravações do extinto "Programa Márcia", do SBT.

A fumaça invade cada cm cúbico do quarto. Mais que depressa o jornalista fecha as janelas. Como não tinha qualquer vasilhame para jogar água na tentativa de amenizar a fumaça, apelou para os refrigerantes e cervejas do frigobar. A fumaça cessou. E foi magia. Ferreira não conseguiu dormir. Seus olhos ardiam muito.