terça-feira, 28 de junho de 2005

ESPREME QUE SAI SANGUE

Trabalhar 13 horas no sábado. Fazer ronda em delegacias. Ligar para 103 DPs. Conseguir histórias para pautar repórteres. Cobrir matérias de assalto, seqüestro e um acidente. Procurar fotos das vítimas no Orkut para publicação. Percorrer duas delegacias, escrever correndo pois ainda tinha mais quatro matérias de economia para fechar depois do expediente.

Trabalhar 14 horas no domingo. Chegar mais cedo para fechar as matérias de economia que não consegui fazer no dia anterior. Ligar para 103 DPs. Conseguir histórias para pautar repórteres. Me arrastar para uma chacina na zona norte da capital. Ouvir famílias, enfrentar delegado que não divulga B.O. (boletim de ocorrência) para a imprensa. Encher o ego de escrivão para conseguir informações. Correr para Osasco (Grande SP) para mais um assassinato. Ouvir todo mundo, inclusive testemunhas, dona do bar do local do crime. Procurar fotos das vítimas no Orkut para publicação. Ter essa matéria descartada no final do fechamento. Tudo pro lixo.

Chegar em casa às 21h30 do domingo. Podre. Absolutamente nada me tiraria de casa. Mas ele sim. Fui prestigiar o som do neo DJ chique-é-ser-inteligente Ants. Chegar lá feliz, saltitando. Abraçar todo mundo por mais de 30 segundos cada. Me declarar para todos os meus amigos. Receber três homenagens na mesma noite. Ele tocou pra mim "Cue the Pulse to Begin" (tema de Queer as Folk - Fourth Season), "Crystal", do New Order, e Perfect, do Smashing Pumpkins. Derreter na pista. Chegar em casa e não conseguir dormir. Vir trabalhar ontem quase direto. Sem descanso. Apagar total na segunda às 21h. E vocês ainda querem post novo, bando de fofoletes da Estrela?!