quinta-feira, 24 de novembro de 2005

JANELA INDISCRETA

Creiço chega em seu quarto e fica só de cueca. Boxer, branca, sempre muito sensual. De repente, no prédio da frente, um rapaz de binóculo à espreita. Sacando mesmo todos os meus movimentos. Fiquei chocado, mas fui rápido: tirei a cueca. Hoje é dia de ação de graças!
Outro dia, lá estava eu, meu vinho, a cueca branca, a famosa luz de puteiro, o dvd do Ian van Dahl. Dançando, dançando. Em ritmo de festa. No mesmo prédio pervertido, três meninas também muito de olho. Corri para pegar um papelão para escrever em letras garrafais: “SOU DE SERGIPE!”, mas não achei um pincel. Tive de tirar a cueca de novo. Elas foram discretas e fecharam a janela. Ué, não queriam ver? Decididamente, eu preciso de cortinas. Customizadas. Com uma foto de um cara pelado com meu rosto impresso nelas.

* post dedicado à leitora Ju Martins