terça-feira, 27 de dezembro de 2005

CARTINHA-RESPOSTA AO PAPAI NOEL

Ferraz de Vasconcelos, 27 de dezembro de 2005

Papai Noel, seu filho da puta, tudo bem que eu roubei R$ 2 da carteira do meu pai quando ele estava dormindo bêbado. Eu só tinha sete anos e agora já tenho oito. Sou grande. Tá certo que eu entreguei pra mamãe os cartões daquelas moças pobres que encontrei junto com o dinheiro. Ela me disse que as minas estavam peladas porque não tinham dinheiro pra comprar roupas.

Sim, eu gosto mesmo quando a vovó, que sofre de Mal de Parkinson, se dispõe a segurar minha pica quando vou fazer xixi, mas eu também fui um bom menino, seu velho hipócrita, burguês e pedófilo do caralho. Eu nunca mais disse que a tia da escola tinha pêlo no rabo. Eu nunca mais usei minha lancheira da
Jackeline Petkovic e doei meu dvd “Xuxa e os Duendes” para o asilo "Dor Nas Costas é Uma Bosta”, lá no Juqueri. Tudo isso para que você me desse meu presente, seu puto escroto.

Quando eu pedi um carrinho de bombeiro, não significava que eu queria que minha casa pegasse fogo. Queimou meu tudo! Chegou um carro de bombeiro tipo assim, de verdade mesmo. Quando eu pedi paz pra minha família, não queria que eles morressem carbonizados. Você é burro. E é por isso, seu velho idiota, que eu quero que você pegue todos esses seus anõezinhos viados e soquem tudo no meio do olho do seu cu.


Feliz Ano Novo.

Lucas

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

FACAS GINSU vs. MEIAS VIVARINA

Nos corredores da produtora (011) 1406 as duas principais estrelas da casa se cruzam. Uma sob o vestido escarlate, a outra na mão de um rosto quadrado de gel importado. É o estopim de uma guerra anunciada. Ambos os egos se erguem rumo à luta.

Ginsu vomita suas habilidades num balé tipo malabares no farol. Vivarina esfregou a cara de um adolescente de 15 anos na perna da racha. “Me cooooorta, me corta toda”, desafia a meia. “Sua vida está por um fio, cachorra filha da puta”, retruca a faca.

Ginsu voa pela direita, passando como um foguete entre as pernas de Vivarina. “Êita, meu cu”, suspira a meia aliviada, que aplica uma chave de buceta no cabo da faca. Ginsu dança “Piriririri Alguém Ligou Prá Mim” enquanto golpeia o corpo da meia. “Não adiantamm, sou blindadamm”, afronta Vivarina.

Ginsu atinge a garganta da hospedeira de Vivarina. A modelo despenca, deixando seu longo de veludo ainda mais vermelho. Vivarina está imobilizada e também suja de sangue. É o momento certo para Ginsu destruir sua rival.

Êeeepa, êeepa, êeepa, ê-pa é a lua é o sol, é a luz de Tiêta –êta-minha buce-tá. O que está acontecendo? O apresentador que matou a amante à la Ginsu foge com a faca ensangüentada em punho! Lutadores se afastam. Empate. É o fim do primeiro round.


*post dedicado ao :: mutaches ::

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

GAFE

O bom-humor da revista Veja desta semana não ficou só na capa. E daí? Muitas pérolas ainda ronronavam gravemente na matéria do grande monstro sagrado Ana Carolina. Entre elas, a legenda da foto errada:

Para citar o seriado lésbico The L Word, o povo da revista pegou uma imagem de Melanie e Lindsay, personagens intepretadas por Michelle Clunie e Thea Gill, respectivamente, na série gay Queer as Folk. Do lado direito, no que se refere às lésbicas vivas globais, bom, de novelas eles entendem.

domingo, 11 de dezembro de 2005

JÁ VOMITOU HOJE?

Nota da colunista Joyce Pascowitch na revista Época (28/11)

"Emoções e coincidências não faltaram desde que o rei Roberto Carlos resolveu investir em gado e comprou o touro King of Africa (1). Uma delas foi ter visto ao vivo e em cores a incrível performance sexual de seu touro com uma vaca, na estrelada fazenda do pecuarista Ivan Fábio Zurita, em Araras, São Paulo."

"O bicho se empolgou tanto que não parava mais: teve de ser contido por um peão na terceira vez que cruzava - tudo em menos de cinco minutos. O Rei se impressionou com tamanho vigor e ainda ouviu de um amigo: 'Puxou ao dono'. [ morri !!! ] Roberto Carlos gostou e, empolgado com seu novo métier, também mandou o empresário Dody Sirena representá-lo no leilão que Zurita promoveu na semana passada, na Daslu. Ele fechou mais um negócio: comprou a prenhez de uma vaca. Adivinhem por quê? Ela se chama Emotion (2), como um de seus hits. [ morri !!! ] É muita coincidência, ou não?"

Prezada jornalista "estrelada", a única coincidência que vejo, além de sua identificação com o tema, é que a senhora sempre escreve sobre vacas. Vou mandar a conta do meu tratamento pós vergonha alheia para a Daslu. Pega com a sua manicure no próximo leilão de gado, por favor.

* post dedicado à Angela Bismarck [que acabou de consultar a numerologia]

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

GANDAIA DESCONTROL TOTAL

Com a chegada das festividades de fim de ano, e-mails de repórteres bombam com convites de festas de empresas interessadas em mimar jornalistas. O interesse é óbvio: diversão com muita ostentação, providas do bom e do melhor, que garimpam a atenção dos profissionais de imprensa em torno das pautas que abordam os interesses dessas companhias. É uma suposta troca. Diz...

Segunda-feira, 05 de dezembro de 2005:

Creiço vai à mágica e clichê party temática anos 80 promovida por uma instituição financeira. Capirinha de morango com saquê + o encontro de colegas repórteres queridos = Fábio Júnior "Caça e Caçador" remix com muita cintura de mola até o chão. Tim-tim.

Terça-feira, 06 de dezembro de 2005:

Creiço na mesopotâmica festa promovida por uma empresa de TV a cabo com pocket show da Fernanda Porto. A artista, que veste uma saia cigana Darah Explode Coração, vai à mesa do jornalista e começa o diálogo absurdo depois de várias taças de Chandon:

- Eu te amo Fê (fazendo a íntima e bêbado). Fofa. Fofa. [abraços e beijo no rosto] Eu quero vc na sala da minha casa. Vou tomar banho, chama a Fernanda Porto. Cozinhar? Fernanda Porto ao vivo. Trepar? Fernanda Porto cantando atrás da porta...
- Ahahahahaha tipo eu e o violão, né?!
- É, perfeito.
- Nossa, vc tem uma cara de músico. Jah sei, Samuel Rosa do Skank.
- Num fode. Me chama logo de Playmobil

* post escrito sob domínio da besta-fera álcool, sem qualquer edição. Seja o que Jeová quiser ! Amém.

domingo, 4 de dezembro de 2005

RHYTHM IS A FREAK SHOW

São Paulo. Espaço das Américas. Sexta-feira. Show da banda 90's Classic Dance Farofa SNAP!. Todas as caravanas de São Miguel Paulista, Caieiras, Francisco Morato, Franco da Rocha e adjacências estavam lá. Parecia que a balada tinha uma conexão direta com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

- A balada vai bombar, mano!

Foi um preview da minha chegada ao inferno: muitos cintos de lantejoulas, muito boné Vó Dulce (o Von Dutch de 15 dinheiros), sobreposição de renda, Le Cheval, saias rodadas e estampadas, calças boca-de-sino. Coletinhos? Claro que sim! Toda uma promoção oito vezes sem juros nas lojas Renner. Tá usano bastante (sic).

Muitos cachos disciplinados com Kolene. Apliques com ornamentos diversos. Muito brilho, galera de cowboy! Desenhos do Mickey em carecas do ABC. Todo um cavanhaque fininho. As poucas bichas que deram as caras estavam oprimidas, em um canto único. Absolutamente paralisadas. Com medo. O cheiro de “Avanço” vencido era o sinal da aproximação da torcida Mancha Verde, em peso, literalmente. “É hora de mudar de pista”, pensavam as mais femininas!

Muito break beat, muitos passinhos “Xuxa Hits, Xuxa há, febre ritmo e emoção”. “You Can dance” em todos os cantos. Palminhas na roda e, ao centro, Street Dance. Um anão sendo jogado pra cima, com correntes do Mano Brown. Parecia a metade de um caminhoneiro ex-garimpeiro.

Todavia, a cena mais impressionante não consigo explicar em palavras. Por favor, me desculpe. Mas tente imaginar um aleijado fazendo passinhos com muletas. Suas muletas batiam na bunda de uma pipira a cada rodadinha. A coreografia exigia. A pipira estava sem calcinha, denunciada por sua calça branca colada. Olhares mais atentos captavam a falta de depilação.

Num outro momento, jogada no canto, a menina é incomodada por um bombeiro:

- Você está passando mal?
- Não, é que a balada tah ruim mermo!


E lá estava eu e o Carlos Sarajane, absolutamente bêbados, às lagrimas de emoção. Crises epiléticas de riso. Rolei no chão. Minha camiseta tá parecendo que eu cavei um poço. Mas realemnte eu estava no fundo dele. Valeu cada centavo. Eu te amo, SNAP! Morri. Fim.

* post dedicado à Khurrina